quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Vontade de Voar

Me levanta, me levanta, me levanta! Caí. Quase. Me pegou no ar. Levanta mais um pouquinho e desce rápido. Frio na barriga, medo. Quando te vejo aqui comigo, dou um sorriso, estou segura. Me segura, me levanta, olha pra mim, não olha pro lado. Me segura firme, senão eu caio. Subo, subo e caio. Tudo bem, caí de pé. Doeu, mas vai passar. Já estou nos seus braços de novo. Me segura agora? De verdade? Então vamos juntos, pra tudo de mãos dadas. Subindo, subindo. Olha pra mim. O que tem lá? Continuamos subindo sem olhar para frente. Caí. Me estatelei. Agora doeu de verdade. Se você não me ajudar não vou conseguir levantar. Me dá a mão? Segura mais firme para eu me apoiar em você. Não? Caí de novo, ainda bem que dessa vez já estava um pouco mais perto do chão.
Do chão te dou uma rasteira, você cai também. Os dois no chão, percebo que você, mais uma vez, teria me deixado cair. Resolvi, do chão eu não saio mais. Vou ficar aqui, longe de você até eu me curar. Curei, não quero levantar. Estou aqui. Está bom aqui no chão, dá pra se levar a vida sem tombos. 
De repente vejo sua mão esticada em minha direção... Me segura agora de verdade? Tudo bem, vou tentar voar sozinha. Quem sabe assim eu não consigo ficar apenas voando ao seu lado...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Farinha é mistura?

Sempre ouvi e me identifiquei com a expressão "engole com farinha" até que me deparei com uma situação que não consegui... Tudo o que antes era fácil, ficou difícil. O que era previsível, virou surpresa e o que eu achava estar sob meu controle, me dominou: o amor. 
Há tanto tempo não me permitia amar, que desaprendi. Mais uma vez, provei que não sei nada sobre o amor, afinal de contas eu sou só uma menina, uma moleca.
A farinha sempre veio pra dar liga e ajudar a gente a seguir em frente, mas dessa vez parece que a mistura desandou. Parece que a fila empacou, travou. Eu mesma quebrei a "pecinha" que fazia a fila andar, parei de colocar pressão e me permiti viver momentos leves, sem pensar no amanhã. Talvez este tenha sido meu erro, por não ter meu porto seguro, me deixei levar por momentos errados. Por nada que consegui, estraguei tudo. 
No momento a culpa é minha, mas Freud explica; e eu não vou assumir este desastre todo sozinha: "a forma mais apropriada de estudar a personalidade é dentro do contexto de um relacionamento íntimo" - como você mesmo me disse uma vez "para toda ação, há uma reação". Bendito id que coloca meu superego em apuros. Benditas coisas que eu não sei...
O que sei agora, é que fechamos a tampa e eu vou dizer pra mim que gosto mais de mim, do que de você.